Velhice é Doença?
OMS Inclui Velhice na lista de Doenças
OMS Inclui Velhice na lista de Doenças
A iniciativa de incluir a velhice na Classificação EstatÃstica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), mantida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vem provocando forte reação de setores ligados ao envelhecimento, preocupados com o risco de se mascararem problemas de saúde reais para a terceira idade, aumentar o preconceito contra idosos e interferir no tratamento e na pesquisa de problemas de saúde e na coleta de dados epidemiológicos, os idosos atualmente já sofrem preconceito, certamente agora o preconceito deve aumentar e muitas doenças sérias podem não serem tratadas como deveriam.
A CID existe desde 1900 e vigora em sua décima edição, mas a CID 11 já foi elaborada e está em fase de ajustes. Ã? nela que entrará o código MG2A, que se refere à velhice. A nova versão passa a valer em janeiro, com prazo de três anos para ser implementada. Para quem não sabe CID, é sigla para Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde — ou Código Internacional de Doenças, como também é conhecido.
Espécie de guia de linguagem médica, com detalhamento de doenças, sintomas e condições, a CID é usada para classificar as causas de internação de pacientes e de morte nos atestados de óbito. Para os especialistas, a inclusão equivale a classificar oficialmente velhice como doença.
— Esse novo código segundo especialistas é simplista e só atrapalha. Se vai fazer seguro de vida e tem 66 anos, perguntarão se tem doença, e sim, terá: velhice. E o paciente que morre poderá receber o diagnóstico de… “velhice”. A gestão da saúde pública precisa de informação detalhada sobre causa de morte e doenças existentes.
O lÃder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS, Robert Jakob, afirma que a inclusão de velhice no documento não significa torná-la uma doença e sim uma condição. Ele classifica a discussão como um “profundo mal-entendido”.
— O rótulo “velhice” substitui “senilidade”, usado na CID-10. A decisão resultou de discussões que apontavam para a conotação cada vez mais negativa de “senilidade” nos últimos 30 anos — diz Jakob.
— Trocaram um termo mal definido por outro ainda mais criticável, pois velhice contempla apenas a idade cronológica e não um processo de declÃnio e fragilidade.
No Brasil, cerca de três quartos das mortes ocorrem a partir dos 60 anos, por doenças cardiovasculares, oncológicas, neurológicas, entre outras. E, se tudo for resumido à velhice, argumentam os especialistas, há riscos de faltarem informação e investimento especÃficos para o tratamento dessas doenças.
Quem é velho?
O paÃs está envelhecendo rapidamente, com 32 milhões de idosos hoje e previsão de 67 milhões em 30 anos. Mas apenas 15 das mais de 200 escolas médicas do paÃs contam com a disciplina de geriatria.
Se velhice for considerada doença, outra questão se impõe: quem é velho? A CID não especifica idade, e o conceito de idoso varia. No Brasil, oficialmente e para fins estatÃsticos, idoso é quem tem mais de 60 anos.
Kalache destaca que não há um único biomarcador capaz de definir a categoria etária de uma pessoa. Dados sobre tireoide, colesterol e glicemia podem estar associados ao envelhecimento, mas não determinam quem é idoso.
Nós da Cuidados Ataides continuaremos acompanhando este assunto, nossa opinião é que a velhice é mais uma etapa da vida e não pode e nem deve ser considerada como uma doença, nós atendemos diariamente diversos idosos, temos idosos mais saudáveis do que pessoas novas. Esta classificação só irá aumentar o preconceito contra a pessoa idosa.
Referência: O Globo
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